sexta-feira, 1 de outubro de 2010





SAUDADES
“Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa,
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!

Nessas horas de silêncio,
De tristeza e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário,
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário,
Que nos enche de pavor.

Então-proscrito e sozinho-
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra.
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
- Saudades- dos meus amores;
-Saudades- da minha terra!”
ABREU, Casimiro de. As primaveras.




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